A Bíblia previu 70 anos sem um Papa?
Maio 23, 2023
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Irmão Pedro Dimond, O.S.B.

Apesar da montanha de provas de que os alegantes do Vaticano II ao papado (isto é,  de João XXIII a Francisco) não são papas verdadeiros, mas antipapas heréticos que (de acordo com os ensinamentos católicos) não se sentaram na Cátedra de São Pedro, muitos rejeitam a posição sedevacantista porque pensam que é impossível que Deus tenha deixado a Igreja Católica durante décadas sem um verdadeiro papa. 

Papa Paulo IV, Cum ex Apostolatus Officio, 15 de Fevereiro de 1559:
«… e para que não aconteça algum dia que vejamos no lugar santo a abominação da desolação, predita pelo profeta Daniel… Nós promulgamos, determinamos, decretamos e definimos: que se em dada altura, acontecesse que um bispo… que antes da sua promoção a cardeal ou ascensão ao pontificado, houvesse se desviado da fé católica, ou caído em heresia... a promoção ou ascensão, mesmo se esta tivesse ocorrido com o acordo unânime de todos os cardeais, é nula, inválida e sem efeito... »

St. Roberto Bellarmino, De Romano Pontifice, Livro 2, cap. 30:
«Um Papa que é manifestamente um herege automaticamente deixa de ser Papa e Cabeça, tal como ele deixa automaticamente de ser cristão e um membro da Igreja. Por conseguinte, ele pode ser julgado e punido pela Igreja. Este é o ensinamento de todos os Padres da antiguidade que ensinam que hereges manifestos perdem automaticamente toda a jurisdição.»

Eles acreditam que é incompatível com os ensinamentos dogmáticos da Igreja Católica no Primeiro Concílio do Vaticano que São Pedro terá sucessores perpétuos na primazia. Essa objeção é falsa, e foi refutada no passado.  No entanto, este vídeo cobrirá alguns pontos novos extremamente importantes que, assim o esperamos, abrirão os olhos de mais pessoas para a verdade.  Esses factos demonstram ainda mais que aqueles que rejeitam a posição sedevacantista (a verdadeira posição católica sobre a actual crise do Vaticano II) estão a cometer um erro colossal. Queira considerar os seguintes factos.

Em várias passagens do Antigo Testamento, Deus prometeu que o trono do rei Davide seria perpétuo, e que ele teria sucessores perpétuos nele. 

Por exemplo, 2 Samuel 7:16:

2 Samuel 7:16 - «A tua casa será estável, o teu reino se perpetuará diante do teu rosto, e o teu trono [Davide] será firme para sempre

1 Reis 2:45 (ou 3 Reis 2:45 na bíblia Matos Soares):

1 Reis 2:45 - «O Rei Salomão será abençoado, e o trono de Davide será para sempre estável diante do Senhor.»

Salmo 89*:4-5, 37-38 - «Jurei a Davide, meu servo: “Conservarei eternamente a tua descendência, tornarei firme o teu trono por todas as gerações.”… de nenhum modo faltarei a Davide. A sua descendência permanecerá eternamente, e o seu trono será diante de mim como o sol…» 

*(Salmo 88 em algumas versões)

2 Crónicas 13:5 - «… o Senhor Deus de Israel deu para sempre a Davide e aos seus descendentes a soberania sobre Israel por um pacto...»

Há outras passagens que poderiam ser citadas, mas considere Jeremias 33:17:

Jeremias 33:17 - «Porque isto diz o Senhor: Não faltará jamais um homem na linhagem de Davide que se sente sobre o trono da casa de Israel.»

Como podemos ver, o próprio Deus prometeu que a Cátedra ou Trono de Davide seria perpétua, que teria sucessores perpétuos, e que jamais faltaria a Davide um homem de sua família para sentar-se em seu trono. 

Bem, descubra o que aconteceu.  Po uco depois de Jeremias ter feito essa profecia, o império babilónico saqueou Jerusalém e levou o rei Zedequias, sucessor do trono de Davide, para exílio, onde ele morreu. 

Após a morte do rei Zedequias por volta de 586 a.C., não houve sucessor ao trono de David por mais de 500 anos.  ACátedra ou Trono de Davide, que o próprio Deus prometeu infalivelmente que seria perpétuo, que teria sucessores perpétuos e que nunca faltaria um homem da família de Davide para sentar-se no trono, 

Foi deixado vago por Deus por mais de 500 anos

Permitam-me que repita isso.  O trono ficou vago por mais de 500 anos

Consequentemente, algumas pessoas pensaram que a promessa de Deus tinha falhado ou não sabiam como ela seria cumprida.  Então, como continuou e se cumpriu a sucessão perpétua que Deus prometeu em relação ao trono de Davide?  Depois de uma vacância de mais de 500 anos, a sucessão de Davide foi continuada e cumprida pelo próprio Jesus.  Jesus veio e assumiu o trono de Davide, de uma maneira que muitos não esperavam, e Ele mantém o trono para sempre. 

Actos 2:30-32 - «Sendo ele [Davide] profeta e sabendo que Deus lhe tinha prometido com juramento que um da sua descendência se sentaria sobre o seu trono, profeticamente falou da ressurreição de Cristo, dizendo que não seria deixado na habitação dos mortos, nem a sua carne sujeita à corrupção. A este Jesus ressuscitou Deus, do que todos nós somos testemunhas.»

Como diz Lucas 1:32:  

Lucas 1:32 - «Será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davide.»

A respeito de Jeremias 33:17, que dizia:

«Porque isto diz o Senhor: Não faltará jamais um homem na linhagem de Davide que se sente sobre o trono da casa de Israel

... diz o Comentário Haydock:

Comentário Haydock, Jeremias 33:17 - «Ver. 17.  Davide. Isso foi verificado em Cristo, que é da casa de Davide; e cujo reino na Sua Igreja não terá fim… A tribo de Judá continuou muito eminente até a Sua vinda.  Mas não havia rei até Hircano, e ele era de outra tribo.  Os sacerdotes governaram depois de Neemias, até Herodes ser nomeado pelos romanos.  Isto deve, portanto, ser explicado sobre o reino eterno de Cristo.»

Comentaristas não-católicos também reconhecem essa longa vacância do trono de Davide.  Isto é de um comentário de um famoso metodista, Joseph Benson, que morreu em 1821:

Comentário Joseph Benson, Jeremias 33:
«É muito evidente que as profecias desses versículos [isto é, Jeremias 33:17-18] não se cumpriram nos judeus depois do cativeiro babilónico; pois, desde aquele tempo até a vinda de Cristo, Davide ficou sem um sucessor da sua família sentado no trono de Judá ou de Israel... Não há dúvida, portanto, que aqui Jeremias prediz o reino do Messias...»

Portanto, não houve sucessor no trono de Davide desde a morte do rei Zedequias, por volta ou depois de 586 a.C., até a vinda do Senhor Jesus Cristo, mais de quinhentos anos depois. Se pode haver uma vacância de mais de 500 anos no cargo que Deus prometeu que teria sucessores perpétuos e que nunca faltaria um homem da família de Davide, pode facilmente haver uma vaga de 70 anos na cátedra de São Pedro, por parte de um julgamento bíblico que cumpre a profecia sobre o fim dos tempos. Uma vacância prolongada da Cátedra de São Pedro é exactamente o que vimos na Apostasia do Vaticano II, tal como demonstrado por uma abundância de provas teológicas.

Antes de abordarmos mais sobre o Trono de Davide e a sua relevância para a situação actual, vamos revisitar o Vaticano I. O Primeiro Concílio do Vaticano fez uma série de declarações dogmáticas sobre a perpetuidade do cargo Papal. Um cânone frequentemente citado a esse respeito é o seguinte:

Papa Pio IX, Primeiro Concílio do Vaticano, 1870:
«Se alguém, pois, disser que não é de instituição de Cristo mesmo, ou por direito divino que o bem-aventurado Pedro tenha perpétuos sucessores no primado sobre a Igreja universal; ou que o Romano Pontífice não é sucessor do bem-aventurado Pedro no mesmo primado, seja anátema.»

Esse cânone, obviamente, não significa que a Cátedra de São Pedro não possa estar vaga.  A Cátedra de São Pedro ficou vaga inúmeras vezes na história da Igreja, depois da morte de um papa e antes da eleição do próximo papa.  Esse período sem um papa era chamado de interregno, e poderia durar anos.  Pelo contrário, o cânone do Vaticano I significa que cada vez que há um papa válido, ele é perpetuamente um sucessor de São Pedro no mesmo primado - isto é, ele possui a mesma autoridade que São Pedro tinha sobre a Igreja.

Mateus 16:18-19 - «E eu digo-te que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus, e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus.»

Esse direito de primazia durará até o fim dos tempos.

João 21:15-17 - «Tendo eles jantado, disse Jesus a Simão Pedro: “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?” Ele disse-lhe: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo.” Jesus disse-lhe: “Apascenta os meus cordeiros.” Disse-lhe outra vez: “Simão, filho de João, amas-me?” Ele disse-lhe: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo.” Jesus disse-lhe: “Cuida [Ποίμαινε] das minhas ovelhas.” Disse-lhe pela terceira vez: “Simão, filho de João, amas-me?” Ficou Pedro triste, porque, pela terceira vez, lhe disse: “Amas-me?” E disse-lhe: “Senhor, tu conheces tudo; sabes que eu te amo.” Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas.”»

Johann Franzelin foi um teólogo que durante o Primeiro Concílio do Vaticano foi nomeado cardeal pelo Papa Pio IX. Em 1887, após as definições dogmáticas do Primeiro Concílio do Vaticano, ele escreveu o seguinte sobre a questão da perpetuidade do ofício papal.

Cardeal Franzelin, Teses De Ecclesia Christi, Tese 13, 1887, p. 227:
«Daí
a distinção entre o assento e quem nele está sentado, em matéria de perpetuidade. O assento, isto é, o direito perpétuo do primado - devido a Deus na sua lei imutável e na sua providência sobrenatural, e devido à Igreja no seu direito e no seu dever de manter para sempre como depósito o poder divinamente instituído para os sucessores individuais de Pedro e de providenciar a sua sucessão por uma lei firme - nunca cessa. 

Mas os herdeiros individuais ou os que estão sentados na sede apostólica são homens mortais, e por isso a sede nunca pode falhar, mas pode ficar vaga, e frequentemente fica vaga. Mesmo em tal período, de facto, permanece a lei divina e a instituição da perpetuidade...» 

Assim, a instituição permanece perpétua mesmo quando a sé está vacante.  Vários teólogos ensinaram que a cátedra de São Pedro poderia ficar vaga por um longo tempo.  Por exemplo, o Padre Edmund O'Reilly, outro teólogo proeminente que morreu depois do Vaticano I, disse que poderia ter havido um interregno papal (ou seja, um período sem papa) que durasse por todo o Grande Cisma Ocidental (que foi quase 40 anos).  Eis o que ele aprovou após o Concílio:

Padre Edmund J. O'Reilly, The Relations of the Church to Society, 1892, pp. 287-288
«O grande cisma do Ocidente [1378-1417] sugere-me uma reflexão que tomo a liberdade de expressar aqui… que a verdadeira Igreja permanecesse entre trinta a quarenta anos sem uma Cabeça bem esmerada e representativa de Cristo na terra, isso não seria possível. Mas no entanto aconteceu; e não temos garantia alguma de que não volte a acontecer

O que posso inferir é que não devemos ser demasiado ávidos em pronunciarmo-nos sobre aquilo que Deus pode ou não permitir… nós, ou os nossos sucessores nas futuras gerações de cristãos, veremos talvez males mais estranhos do que os que até agora foram experienciados, até mesmo antes da aproximação imediata daquela grande consumação de todas as coisas na Terra que precederá o dia do juízo…

as contingências em relação à Igreja, que não estão excluídas pelas promessas divinas, não podem ser consideradas como impossibilidades práticas simplesmente porque seriam terríveis e desesperantes num grau muito elevado.»

«... não que um interregno que durasse todo o período [do Grande Cisma do Ocidente] fosse algo impossível ou inconsistente com as promessas de Cristo, pois isso não é de modo algum manifesto...»

Esses são pontos importantes.  Mas o que temos demonstrado com relação à vacância de mais de 500 anos do Trono de Davide - um Trono que Deus prometeu que teria sucessores perpétuos - prova que uma longa vacância da Cátedra de São Pedro não é de modo algum contrária ao Vaticano I, à indefectibilidade, ou às promessas de Deus à sua Igreja.  Na verdade, essa vacância prolongada da Cátedra de São Pedro foi prefigurada e indicada em profecia. 

O que é adicionalmente fascinante nessa comparação entre a vacância do Trono de Davide e a atual vacância do Trono de São Pedro, é que em ambos os casos a Babilónia esteve envolvida. 

  • Foi a Babilónia do Antigo Testamento, o Império Babilónico, que saqueou Jerusalém, causando essa vacância de mais de 500 anos no trono de Davide.  Deus permitiu tal vacância prolongada como castigo pelos pecados do povo.

  • E é a Babilónia do Novo Testamento, a Prostituta da Babilónia, a profetizada Seita Vaticano II em Roma sob os antipapas apóstatas, que assumiu ilegalmente o controlo das estruturas físicas da Igreja.  Isso resultou numa vacância de décadas da Cátedra de São Pedro, enquanto hereges manifestos que não são validamente eleitos fingiram ser papas em Roma.

Os nossos vídeos Apocalipse Agora no Vaticano, Caiu, Caiu a Babilónia e Apocalipse 18:2 Aconteceu mostram que a Seita Vaticano II e os seus antipapas apóstatas cumprem profecias sobre a Prostituta da Babilónia de várias maneiras impressionantes. 

O primeiro papa, São Pedro, foi martirizado em Roma e enterrado no local da Basílica de São Pedro (na cidade moderna do Vaticano). As próprias palavras de São Pedro em 1 Pedro 5:13 indicam que a Babilónia do Novo Testamento está localizada onde ele está localizado. 

1 Pedro 5:13 - «A Igreja de Babilónia, escolhida como vós, saúda-vos...»

Isso significa que a localização da Babilónia do Novo Testamento é Roma, e mais especificamente é a Basílica de São Pedro no Vaticano (onde São Pedro foi enterrado).  É por isso que as profecias sobre a Prostituta da Babilónia foram cumpridas nesse mesmo local. 

Eusébio de Cesaréia, História Eclesiástica, Livro 2, cap. 15:
«E Pedro faz menção de Marcos na sua primeira epístola, que diz que ele a escreveu na própria Roma, como indicado por ele, quando chama a cidade, por figuração, de Babilónia

(Eusébio era o historiador da Igreja primitiva)

Como apenas um exemplo, Apoc. 18:2 diz que a Babilónia caiu e se tornou a habitação de demónios e prisão de toda ave e animal impuro. 

Apocalipse 18:2 - «[O anjo] Gritou com voz forte, dizendo: “Caiu, caiu Babilónia, a grande! Tornou-se habitação de demónios, prisão de todo o espírito imundo, e prisão de toda a ave impura, e prisão de toda a besta impura e abominável

Em 8 de dezembro de 2015 (o 50º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II), durante o show de luzes do fiat lux, o Vaticano projetou imagens de aves e bestas impuras na fachada da basílica de São Pedro, mesmo acima  do lugar onde São Pedro está enterrado, numa impressionante correspondência com as palavras de Apocalipse 18:2.  Assim sucedeu-se no próprio local do Novo Testamento da Babilónia.

Agora, considere o seguinte.  A Babilónia, no Antigo Testamento, saqueou Jerusalém em 586 a.C. sob o rei Nabucodonosor II.  Na capital de seu Império Babilónico, acredita-se que ele tenha construído os Jardins Suspensos da Babilónia. 

Estes eram considerados como uma das sete maravilhas do mundo antigo. Esta é uma famosa representação de como eram os Jardins Suspensos da Babilónia.

Pode ver as videiras penduradas sobre os pilares.  Esses jardins suspensos da Babilónia eram talvez a característica mais proeminente da capital do Império Babilónico, o qual levou o povo de Deus para o cativeiro e causou uma vacância no trono de Davide.

Veja agora essas imagens do show de luzes fiat lux na Basílica de São Pedro. 

Além das imagens das aves e dos animais que correspondem à descrição da Prostituta da Babilónia no Apoc. 18, 2, pode ver uma réplica dos jardins suspensos da Babilónia.  Observe as videiras penduradas sobre os pilares, como nos Jardins Suspensos da Babilónia. 

Acha que isso é apenas uma coincidência?  Bem, não é.  É outro sinal para confirmar a ligação entre a Babilónia do Antigo Testamento, o Império Babilónico, que levou o povo de Deus para o cativeiro como parte de um julgamento bíblico, e a Babilónia do Novo Testamento: a Seita apóstata do Vaticano II que ergue-se perto do fim do mundo no lugar onde se encontra São Pedro, como parte de um julgamento bíblico durante a Grande Apostasia. 

A Babilónia do Novo Testamento levou multitudes de ex-membros da verdadeira Igreja, a Igreja Católica, à apostasia e a afastarem-se da verdadeira fé católica - e, portanto, ao cativeiro espiritual. Logo, aqueles que pensam que estão a defender a Igreja Católica ao defender os antipapas do Vaticano II, estão totalmente enganados.  Você não está a defender a Igreja Católica.  Você está a alinhar-se com os antipapas apóstatas na profetizada Prostituta da Babilónia do fim dos tempos. 

A Seita Vaticano II é o cativeiro da Babilónia do fim dos tempos.  No entanto, como se trata de um julgamento bíblico sobre o povo de Deus do Novo Testamento, ocorre na Babilónia do Novo Testamento, o lugar onde São Pedro se encontra (o Vaticano), não na Babilónia do Antigo Testamento.  Ocorre também em conexão com um engano espiritual. 

Apocalipse 13:14 - «Seduz os habitantes da terra… dizendo aos habitantes da terra que fizessem uma imagem da Besta, que sobreviveu ao golpe da espada

O cativeiro babilónico do Vaticano II causou uma vacância prolongada da Cátedra de São Pedro, assim como o cativeiro babilónico do Antigo Testamento esteve ligado a uma vacância do Trono de Davide. Além disso, há uma ligação inegável entre o cargo de Davide no Antigo Testamento e o cargo de São Pedro no Novo Testamento.  As pessoas que se envolvem em apologética papal estão cientes dessa ligação. O Reino de Jesus, a Sua Igreja, é moldado de acordo com o Reino de Davide e Israel do Antigo Testamento.  Os ministros reais que formavam o gabinete real na monarquia davídica, assim como as 12 tribos de Israel, prefiguraram os 12 apóstolos de Jesus.  O primeiro-ministro de Davide recebeu uma chave, e Jesus deu as chaves do Reino a São Pedro. 

Isaías 22:20-22 - «Naquele dia chamarei o meu servo Eliacim, filho de Helcias, vesti-lo-ei com a sua túnica [de Chebna], cingi-lo-ei com o teu cinto e porei na sua mão o teu poder; será como pai para os habitantes de Jerusalém e para a casa de Judá. Porei a chave da casa de Davide sobre os seus ombros; ele abrirá, e não haverá quem feche; fechará, e não haverá quem abra.»

O nosso vídeo, «A Bíblia prova o Papado», também demonstra que há uma correspondência marcante entre o que o rei Davide fez no Concílio em Jerusalém, registado em 1 Crónicas 28, e o que São Pedro fez no Concílio de Jerusalém, em Actos 15.

No Concílio de 1 Crónicas 28, Davide levantou-se e disse:   

1 Crônicas 28:4 - «Todavia o Senhor Deus de Israel escolheu-me dentre toda a casa de meu pai, para me fazer rei de Israel para sempre...»

No Concílio de Actos 15, Pedro levantou-se e disse:

Actos 15:7 - «Irmãos, sabeis que Deus, há muito tempo, me escolheu entre vós para que da minha boca ouvissem os gentios a palavra do Evangelho e abraçassem a fé.» 

No Concílio de Jerusalém, Pedro disse e fez o que Davide disse e fez, usando exactamente a mesma palavra «escolheu», precisamente porque Pedro tinha autoridade suprema sobre a Igreja da Nova Aliança, assim como o rei Davide tinha autoridade suprema sobre Israel. 

A Igreja é Israel de Deus (Gálatas 6:16).

Gálatias 6:15-16 - «De facto, nem a circuncisão nem a incircucisão valem nada, mas o ser uma nova criatura. A todos os que seguirem esta regra, paz e misericórdia, assim como a Israel de Deus

Portanto, faz perfeito sentido que, tal como o cativeiro babilónico no Antigo Testamento esteve ligado a uma longa vacância do trono de Davide, o cativeiro babilónico no fim dos tempos esteja ligado a uma longa vacância do trono ou cátedra de São Pedro.  É também digno de nota que a longa vacância do trono de Davide, causada pelo Império Babilónico, precedeu a primeira vinda de Cristo. Faz sentido, portanto, que uma prolongada vacância do Trono de São Pedro precedesse a Segunda Vinda de Cristo. 

Então, de que modo irá continuar a sucessão perpétua na Cátedra de São Pedro depois desta longa vacância que foi causada pelos antipapas do Vaticano II?

No primeiro milénio, os papas foram frequentemente eleitos por aclamação do clero e do povo de Roma. São Roberto Belarmino assinala que se todos os cardeais morressem de uma vez só, o direito de eleger o papa iria ou para um conselho ou para o clero de Roma.  Deus poderia organizar os acontecimentos de modo a que um verdadeiro católico fosse aclamado papa em Roma e consagrado bispo, semelhante ao modo de eleição no primeiro milénio. 

Entretanto, considerando que estamos claramente no fim dos tempos e testemunhando o cumprimento de profecias sobre a Prostituta da Babilónia, a Besta e o Anticristo, não creio que esse seja o cenário mais provável.

Apocalipse 13:3 - «Uma das suas cabeças [isto é, um dos sete reis de Roma associados com a Prostituta da Babilónia – veja Apoc. 17] estava como ferida de morte, mas a sua ferida mortal tinha sido curada. E toda a terra, cheia de admiração, seguiu a Besta.»

O que acredito ser mais provável é que, assim como Jesus Cristo veio pela primeira vez e pôs fim à vacância do Trono de Davide, sentando-se no trono e mantendo-o para sempre, Jesus voltará, assumirá o Trono de São Pedro e mante-lo-á para sempre (perpetuamente). 

Jesus é o chefe invisível da Igreja.  Um papa válido é meramente o seu representante (o seu Vigário), e diz-se que é o chefe visível da Igreja.  Quando Jesus voltar em glória, Ele assumirá a primazia visível e a chefia sobre seu rebanho.  Assim, a sucessão da Cátedra de São Pedro pode continuar para sempre exactamente da mesma maneira que a sucessão perpétua ao Trono de Davide continuou para sempre (depois da longa vacância) pelo próprio Jesus. 

Isso é o que faz mais sentido, a meu ver.  A vacância do Trono de Davide durou mais de 500 anos.  É claro que não acreditamos que a atual vacância da Cátedra de São Pedro dure tanto tempo. Embora Israel não tivesse um rei no trono durante centenas de anos, o povo foi levado para cativeiro na Babilónia (como profetizou Jeremias) durante 70 anos.  Ver Jeremias 25:11-12 e Jeremias 29:10.

Jeremias 25:11-12 - «Toda esta terra se tornará deserto e desolação, e estas nações servirão o rei de Babilónia durante setenta anos. Completos que forem os setenta anos, irei visitar o rei de Babilónia e aquela gente, diz o Senhor, para castigar a sua iniquidade, assim como a terra dos Caldeus, que transformarei numa eterna solidão.»

Visto que  a Seita Vaticano II e os seus antipapas apóstatas representam definitivamente a Prostituta da Babilónia e o cativeiro babilónico do fim dos tempos, faria sentido que a situação atual (em que não há um papa válido, mas uma série de antipapas em Roma) pudesse durar 70 anos.  De facto, por que motivo Deus escolheria usar a palavra específica «Babilónia» em 1 Pedro 5 e em Apocalipse (de todas as palavras que Ele poderia ter usado), fazendo assim uma ligação directa com a Babilónia do Antigo Testamento – ao menos que Ele pretendesse indicar que esse cativeiro babilónico do fim dos tempos no lugar onde São Pedro está localizado também duraria décadas, assim como o cativeiro babilónico do Antigo Testamento durou décadas (70 anos, de facto).

O primeiro antipapa do Vaticano II, o herege manifesto João XXIII, assumiu o controlo em Roma após sua falsa eleição em 28 de outubro de 1958.  Isso representa, muito plausivelmente, o início do cativeiro. Alguns poderiam argumentar que o cativeiro realmente começou com a promulgação oficial do Vaticano II, em 8 de dezembro de 1965.  O show de luzes fiat lux que corresponde à descrição do Apocalipse 18:2 ocorreu no 50º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II.  Isso não foi apenas uma coincidência, uma vez que a Seita Vaticano II é a Prostituta da Babilónia.  Mas como os antipapas já reinavam em Roma, a opinião de que o cativeiro não começou antes de 1965 é menos provável. 

Este cativeiro babilónico do Vaticano II pode terminar em menos tempo que 70 anos.  Talvez dure mais tempo.  Mas 70 anos seria outro paralelo preciso com o que aconteceu no Antigo Testamento, e a linguagem que a Escritura usa em Jeremias e no Apocalipse (ou Livro do Revelação) para descrever os acontecimentos do Antigo e do Novo Testamento com relação à Babilónia, é impressionantemente semelhante em várias passagens. 

E, é claro, nenhum homem sabe o dia ou a hora em que Jesus Cristo voltará. Independendemente do quanto dure essa vacância e esse cativeiro babilónico, estamos no fim dos tempos e a testemunhar o cumprimento da profecia sobre a besta do fim dos tempos, a Prostituta da Babilónia, o anticristo, etc.  Veja nosso vídeo Apocalipse Agora no Vaticano

Os factos apresentados neste vídeo provam que não há nada contrário aos ensinamentos católicos ou ao Vaticano I em reconhecer que não há um papa válido desde o Papa Pio XII, e que todos os alegantes do Vaticano II ao papado são antipapas heréticos. Essa é a verdadeira posição.  É a conclusão que o ensinamento católico nos exige chegar à luz dos factos.  Os antipapas do Vaticano II são hereges e apóstatas notórios.  Não são verdadeiros papas.   Eles lideram a Prostituta da Babilónia, a profetizada contra-igreja do fim dos tempos.   

Queremos encerrar este vídeo com uma pequena secção do nosso vídeo «Apocalipse Agora no Vaticano», que diz respeito à Prostituta da Babilónia.

O Vaticano II, que encerrou a 8 de Dezembro de 1965, foi o próprio Concílio da Apostasia que deu início e caracteriza a apocalíptica contra-Igreja, a Prostituta da Babilónia do fim dos tempos. A Seita Vaticano II cumpre claramente a profecia sobre a Prostituta da Babilónia de muitas  outras formas também. Apocalipse 18:3 diz que todas as nações beberam o vinho da sua furiosa fornicação.

Apocalipse 18:3 - «… porque todas as nações beberam do vinho da cólera da sua furiosa impudicícia…»

Apocalipse 18:3 - «… porque todas as nações beberam do vinho da cólera da sua furiosa impudicícia…»

Apocalipse 17:2 - «...embriagou os habitantes da terra com o vinho da sua impudicícia.»

 Apocalipse 14:8 - «...do vinho do furor da sua impudicícia...»

O Apocalipse menciona mais de uma vez o vinho da fornicação da Prostituta porque, após o Concílio Vaticano II, foram feitas alterações à parte do vinho da forma de consagração na Nova Missa. A mudança de muitos para todos na forma de consagração falsificou as palavras de Cristo e fez com que essas «Missas» fossem inválidas.

Apocalipse 17:4-5 - «A mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, e tinha na mão uma taça de ouro cheia de abominações e das imundícies da sua prostituição. Estava escrito na sua fronte um nome… – Mistério! – : “Babilónia, a grande, a mãe das impudicas e das abominações da terra.”»

Diz-se que a Prostituta está vestida de púrpura e escarlate porque os bispos usam púrpura e os cardeais usam escarlate, e homens de púrpura e escarlate são uma visão comum na Cidade do Vaticano. A Prostituta tem vários aspectos externos, mas não a substância, da verdadeira Igreja Católica. A prostituta está embriagada com o sangue de santos e mártires porque zomba dos santos mediante o seu falso ecumenismo e indiferentismo religioso.

Apocalipse 17:6 - «E vi esta Mulher ébria do sangue dos santos e do sangue dos mártires de Jesus. Quando a vi, fiquei em extremo admirado

No Apocalipse 17:6, lemos que quando S. João viu a prostituta, perguntou-se admirado.

O substantivo traduzido por admirado nesse versículo é thauma. Só é usado uma outra vez no Novo Testamento, em 2 Coríntios 11:14, onde é empregado para descrever choque, espanto ou confusão gerada por falsos apóstolos que se fazem passar por apóstolos de Cristo. Faz sentido que quando São João viu a prostituta, tenha ficado em extremo admirado porque é uma contra-Igreja dirigida por falsos apóstolos de Pedro - isto é, antipapas que se dizem sucessores do apóstolo Pedro, mas não o são.

O substantivo θαῦμα (admiração) é usado apenas duas vezes no Novo Testamento

2 Coríntios 11:13-15 - «Esses são os falsos apóstolos, operários fingidos, que se transfiguram em apóstolos de Cristo. E não é de admirar [οὐ θαῦμα ], visto que o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é, pois, muito que os seus ministros se transformem em ministros de justiça.»

Apocalipse 17:6-7 - «Quando a vi, fiquei em extremo admirado [ θαῦμα μέγα ]. O anjo disse-me: “Por que te admiras? Eu te direi o mistério da Mulher e da Besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres.»

De facto, quando o Apocalipse diz que as pessoas se admirarão de ver a besta porque ela voltou, usa o verbo thaumazo, a forma verbal de thauma.

Apocalipse 17:8 - «… e os habitantes da terra, cujo nome não está escrito no livro da vida, desde a fundação do mundo, se encherão de pasmo [ θαυμασθήσονται ], quando virem aparecer de novo a Besta, que era e que já não é e reaparecerá.»

Θαυμάζω ( thaumazo ) - maravilho-me, fico pasmo

Θαυμάζω - «ficar extraordinariamente impressionado ou perturbado por algo» (BDAG, p. 444).

Isso é mais uma indicação de que quando a Roma pagã regressar, estará sob a aparência de apóstolos e ministros de Cristo - ou seja, será Roma pagã sob a aparência da Igreja. Uma Contra-Igreja. Assim, quando Roma pagã regressa nos últimos dias sob a aparência de apóstolos e ministros de Cristo, não está envolvida numa perseguição física mas sim numa tentativa de subversão espiritual.

De acordo com Apocalipse 17:4, a Prostituta tem um cálice dourado na mão. Isto refere-se ao falso sacerdócio e às falsas missas na Contra-Igreja Vaticano II.  Apocalipse 18:6 refere-se ao cálice em que a Prostituta misturou. Isto é uma referência à mistura de água e vinho na Nova Missa. Essa referência significa que a Prostituta cometeu graves violações nessa área da liturgia, ao falsificar o verdadeiro culto da Igreja Católica.

Apocalipse 18:6 - «Tratai-a como ela tratou e dai-lhe o dobro conforme as suas obras; na taça em que ela derramou, derramai-lhe o dobro.»

Curiosamente, a antiga representação da mulher Europa está num vaso utilizado para misturar água e vinho. Esta é outra indicação de que esta referência no Apocalipse 18:6 é a Europa transformada em prostituta espiritual através da sua apostasia do catolicismo e das suas abominações litúrgicas.

Ademais, a afirmação nesse versículo, dai-lhe o dobro conforme as suas obras, corresponde a 1 Timóteo 5:17. Aí lemos que os sacerdotes que governam bem são tidos como dignos de dupla honra.

1 Timóteo 5:17 - «Os presbíteros que exercem bem a presidência, sejam considerados dignos de estipêndio dobrado, principalmente os que trabalham em pregar e ensinar.»

Mas Apocalipse 18:6 diz da Prostituta, dai-lhe o dobro conforme as suas obras porque ela representa falsos sacerdotes e falsos ministros que agem e governam de uma forma maléfica. Poderíamos dar mais exemplos da ligação entre a Seita Vaticano II e a Prostituta da Babilónia.

Apocalipse 17:3 - «E transportou-me em espírito a um deserto. E vi uma Mulher sentada sobre uma Besta escarlate cheia de nomes de blasfémia, que tinha sete cabeças e dez chifres.»

Uma vez que a Seita Vaticano II é claramente a Prostituta da Babilónia, e a Prostituta senta sobre a besta do fim dos tempos, faz sentido que o Anticristo - aquele que é ferido e depois tem a sua imagem honrada - tenha estado ligado aos acontecimentos na Cidade do Vaticano durante este período. Isto apoia ainda mais a conclusão de que João Paulo II foi o Anticristo. Além disso, quando a besta sob Nero matou São Pedro, Pedro foi morto no Monte do Vaticano, que se encontra na actual Cidade do Vaticano.

Apocalipse 13:14 - «Seduz os habitantes da terra… dizendo aos habitantes da terra que fizessem uma imagem da Besta, que sobreviveu ao golpe da espada.»

Portanto, quando a besta surgiu no primeiro século, perseguiu o líder visível da Igreja naquele mesmo lugar, o que é agora a Cidade do Vaticano. Pedro foi ali enterrado, no que é hoje a Cidade do Vaticano, com a sua sepultura localizada debaixo do altar-mor, na Basílica de São Pedro. Quando o cristianismo conquistou espiritualmente Roma e a Europa, a estrutura física mais proeminente do cristianismo foi construída naquele mesmo local onde São Pedro está enterrado, na que é hoje a Cidade do Vaticano.

Portanto, faz sentido que quando a besta voltar, e a Prostituta estiver sentada em cima dela, as profecias se cumpram ali mesmo, na Cidade do Vaticano, onde São Pedro está enterrado. E foi isso que aconteceu. É por isso que vemos que as profecias sobre a besta, os sete reis, o Anticristo e a Prostituta da Babilónia foram cumpridas ali mesmo, na Cidade do Vaticano.

O cumprimento dessas profecias em Roma serve para provar, e não para refutar, que a Igreja Católica é a única verdadeira Igreja de Jesus Cristo. O grande engano centra-se em ludibriar aqueles que afirmam ser católicos, e aqueles que afirmam professar união com Roma.

Santo Irineu, Contra Heresias, Livro 3, Cap. 3, A.D. 180:
«Mas visto que seria coisa bastante longa elencar, numa obra como esta, as sucessões de todas as igrejas, limitar-nos-emos à maior e mais antiga e conhecida por todos, à igreja fundada e constituída em Roma, pelos dois gloriosíssimos apóstolos, Pedro e Paulo, e, indicando a sua tradição recebida dos apóstolos e a fé anunciada aos homens, que chegou até nós pelas sucessões dos bispos… Com efeito, deve necessariamente estar de acordo com ela [a Igreja de Roma], por causa da sua origem mais excelente, toda a igreja, isto é, os fiéis de todos os lugares...»

Encontrareis muitas provas bíblicas da fé católica no nosso website igrejacatolica.org e no nosso material. As profecias sobre a queda e prostituição de Roma dizem respeito à queda da cidade de Roma da fé católica - porque a fé católica é a única fé verdadeira de Jesus Cristo, fora da qual não há salvação.  Mas para ser um verdadeiro católico, é preciso ser um católico tradicional.

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